quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Ditongos, tritongos, hiatos e monotongos: exemplos e definição

ENCONTROS VOCÁLICOS

SEMIVOGAIS

No português brasileiro, atesta-se a ocorrência de encontros de dois ou três segmentos vocálicos aos quais se dá respectivamente o nome de ditongos ou tritongos.

Eles são formados, em geral, pelas vogais altas anterior [i] e posterior [u]. Quando essas vogais ocupam as posições periféricas da sílaba são chamadas de semivogais e apresentam menor proeminência acentual se comparadas às vogais que acompanham.

Nesse caso, são representadas respectivamente pelos símbolos fonéticos [j] e [w].



DITONGOS


Os ditongos constituem-se de dois segmentos vocálicos. Há, no
entanto, duas possibilidades de sequência em uma mesma sílaba:


vogal + semivogal ou semivogal + vogal


As sequências finalizadas por semivogal são sempre inseparáveis e são chamadas de ditongos decrescentes, pois terminam pela vogal com menor proeminência acentual. Na sequência semivogal + vogal, chamada de ditongo crescente, já que é finalizada pelo segmento de maior proeminência(a vogal), há a possibilidade de esses dois segmentos constituírem sílabas separadas.

Dessa forma, na palavra meu temos um ditongo decrescente ['mew] que é inseparável, e assim se constitui em uma única sílaba. Trata-se dos também chamados verdadeiros ditongos. 

Na palavra Márcia, temos um ditongo crescente e tal palavra pode ser transcrita como:


a)['max.sjɐ], sendo a sequência semivogal + vogal pronunciada em uma mesma sílaba; ou


b) ['max.si.ɐ], transcrição na qual percebemos a presença de duas vogais, representando cada uma núcleos de sílabas diferentes.


→ Lista de ditongos crescentes e decrescentes, nasais e orais do português brasileiro, com exemplos para cada um deles:


lista ditongos crescentes e decrescentes do PB
                                                            
                                                       (clique para ampliar)

TRITONGOS


Nos encontros de três segmentos vocálicos, em que somente um deles ocupa o pico silábico, temos os chamados tritongos. Alguns estudiosos consideram os tritongos como a fusão de um ditongo crescente e um decrescente.

A reunião de semivogal + vogal + semivogal, numa só sílaba, constitui um tritongo e podem ser oral ou nasal:


Exemplos:

NASAL → Saguão [sa.gwˈɐ̃w]


ORAL → Uruguai [u.ɾu.gwˈaj]



HIATOS


Dá-se quando dois fonemas estão juntos, mas se pronunciam em sílabas diferentes. Há encontros de duas vogais, cada uma constituindo o pico de uma sílaba. Nesse caso, temos os hiatos. São exemplos de hiato as palavras: saí e baú, transcritas, respectivamente, como: [sɐ.'i] e [ba.'u].

O hiato pode ser intravocabular, quando ocorre dentro de uma palavra; ou intervocabular, quando é consequência do encontro entre uma vogal final de uma palavra e a vogal inicial de outra.



Temos hiatos nas seguintes sequências (CAVALIERI, 2005):


a) Entre vogais iguais atonas: caatinga, coordenação.

b) Entre vogais iguais, em que a segunda e tonica: alcoólico, xiita.

c) Entre vogais iguais, sendo a primeira tonica: voo, veem.

d) Entre vogais diferentes atonas: doação, estereotipado.

e) Entre vogais diferentes, sendo a primeira tonica: Maria, pavio.

f) Entre vogais diferentes, sendo a segunda tonica: hiato, freada.


Os hiatos presentes nos itens (a) e (b) têm a tendência à crase (contração). Por exemplo, as palavras coordenação e alcoólico podem ser pronunciadas como [koɣdena'sɐ̃w] e [aw'kɔlikʊ]

Os hiatos exibidos no item (c) são simplificados e sofrem uma ditongação, dessa forma veem pode ter a pronúncia ['vẽj]

Os que aparecem no item (e) tendem a ditongar-se quando a vogal final é uma média. É o que acontece com pavio [pa'viw], mas não ocorre com Maria [Ma'ɾiɐ].



MONOTONGAÇÃO


Monotongação é o processo pelo qual o ditongo passa a ser produzido como uma única vogal. Nesse caso, há um apagamento da semivogal. Frequentemente, monotongam-se os ditongos e os dois primeiros quando diante de, como em peixe ['peʃɪ], queijo ['keʒʊ] e freira [fɾeɾɐ]

Já o ditongo [ow] monotonga-se em qualquer ambiente.


→ Vamos agora fazer a transcrição das palavras apresentadas no quadro abaixo. Nele, podem ser observados os ambientes que favorecem o apagamento da semivogal. Observe também os contextos em que isso não ocorre:

monotongação e não-monotongação

                            

Observe na lista apresentada pelo quadro que a palavra manteiga monotonga-se, apesar de não apresentar o ambiente condicionador. Tal fenômeno se deve a causas idiossincráticas, visto que, em palavras como leiga, meiga etc., esse fenômeno não se manifesta.




Bibliografia: Lazarotto-volcão, Cristiane; Nunes, Vanessa Gonzaga; Seara, Izabel Christine. Fonética e Fonologia do Português. 2. Ed. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2011.

Sinalefa en el español: ejemplos y definición

SINALEFA

Uno de los rasgos más acusados del español es la tendencia a la sinalefa, o sea la pronunciación en una sola sílaba de grupos de vocales que resultan del enlace de unas palabras com outras en la cadena habladada. El enlace de vocales diferentes. La possibilidad de producirse sinalefa depende de la abertura de las vocales; sólo las combinaciones siguientes son susceptibles de pronunciarse en una sola sílaba.


1) Progresión de abertura más cerrada a más abierta; por ejemplo [ea]:


Ejemplo:


[me͜ aléɣro]

me alegro


2)Progresión de abertura más abierta a más cerrada; por ejemplo, [ae]:


Ejemplo:


la͜ eskwéla]

la escuela


3) La presencia de la abertura más grande em el centro del grupo, formando así el núcleo silábico, por ejemplo, [oae]:


Ejemplo:


[béᶇgo͜ a͜ empeθár]

vengo a empezar


4) Cuando se juntan dos vocales de igual abertura, hay también sinalefa:


Ejemplo:


[póko͜ efékto]

poco efecto


Pero cuando se encuentra en el centro del grupo una vocal más cerrada que las outras se hace imposible la sinalefa, y ante la vocal más cerrada se marca el limite silábico.

Son éstas, esquemáticamente, las condiciones que rigen la presencia o no de sinalefa, la cual puede ocurrir en una gran variedad de combinaciones con o sin acento, existiendo la posibilidad de hasta cinco vocales pronunciadas en una sílaba.

Ejemplos:


[mi kuɲáðo se ʎáma enṝike]

mi cuñado se llama Enrique


[árko͜ en el θjélo / áɣwa͜ en el swélo]

arco en el cielo, agua en el suelo


[kómo βíno͜ a͜ eņterárse]

¿cómo vino a enterarse?


[bíβo͜ en málaɣa]

vivo em Málaga


Bibliografia: QUILIS, Antonio & FERNÁNDEZ, Joseph A. Curso de fonética y fonología españolas. Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Científicas. 1992. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Alofones; sons da fala e grafemas: exemplos e definição

1) ALOFONES


Os sons que formam as oposições que distinguem o significado das palavras se chamam fonemas.

Os sons que não distinguem o significado das palavras e são apenas variantes de um mesmo fonema se chamam alofones.

Entendendo

A exemplo, no Brasil, há oposição fonológica entre os sons /s/ e /ʃ/, o primeiro aparece na palavra soco ['sokʊ] (golpe com a mão fechada, murro) e o segundo na palavra choco ['ʃokʊ] (ovo que está se desenvolvendo no embrião), portanto podemos dizer que /s/ e /ʃ/ são dois fonemas do português.

No entanto, a palavra tosco, realizada por falantes florianopolitanos e paulistanos, traz, respectivamente, as seguintes produções: ['toʃkʊ] e ['toskʊ].

Apesar dos sons [s] e [ʃ] estarem presentes nessas produções, as duas palavras não apresentam sentidos distintos, todas as duas produções querem dizer “algo não lapidado ou polido, grosseiro” (FERREIRA, 2004). A troca de um som pelo outro não produz mudança de significado. Nessa situação, tais sons são considerados variantes fonológicas ou alofones de um mesmo fonema e não dois fonemas como ocorreu com soco e choco. Em geral, usa-se um desses alofones para representar o fonema.

A escolha desse representante é feita em função de sua maior presença na língua (ou seja, qual dos alofones seria mais comum) ou na facilidade de explicação levando em conta princípios mais naturais, quer articulatórios ou em relação ao equilíbrio de valores fonológicos dentro de sistemas linguísticos.

A representação de fonemas é feita entre barras simples, como /s/, a das variantes (alofones) é mostrada entre colchetes [s].

Outro exemplo de alofones em distribuição complementar vem também do português brasileiro. Nos dialetos mineiro e carioca, por exemplo, o fonema /t/ realiza-se foneticamente como [t] ou [tʃ], a depender da posição em que ocorre na palavra.

[tʃ] ocorre diante da vogal [i], como em "tia" ['tʃia] ou "latim" [la'tʃĩ] e [t] diante das demais vogais ("tua" ['tua], "tombo" ['tõbu]). Nesse caso, tanto [t] quanto [tʃ] são alofones ou variantes previsíveis (pelo contexto em que ocorrem) de um mesmo segmento abstrato, o fonema /t/.

A exemplo do espanhol, o fonema /b/ de /báso/ vaso, se realiza como oclusivo no contexto [úm báso] un vaso, mas como fricativo em [ése βáso] ese vaso.


Poderíamos dizer:



Fonemas       Alofones


                               [b] – [úm bóte] → un bote
/b/
             [β] – [ése βóte] → ese bote


                              [d] - [úņ déðo] → un dedo
/d/
                              [ð] - [ése ðéðo] → ese dedo



                             [g] - [úŋ gáto] → un gato
/g/
                             [ɣ] - [ése ɣáto] → ese gato



2) Falta de correspondência entre sons da fala e grafemas


Enquanto ciência que investiga os sons da fala nas várias línguas do mundo, a fonética necessita de um sistema notacional para representá-los. A princípio, pode parecer que o sistema alfabético de conta dessa tarefa. No entanto, se pensarmos em exemplos do português, logo notaremos que uma letra (grafema) não corresponde necessariamente a um som, de modo que mais de um som pode ser representado pela mesma letra ou, ao contrário, um mesmo som pode ser representado por diversas letras, conforme ilustra o quadro a seguir:





diferença grafemas e sons da fala


A falta de correspondência entre sons e grafemas, que resulta do fato de ser a escrita uma representação da fala, existe nas outras línguas que se utilizam de sistemas alfabéticos. E acontece não só no interior de uma língua, mas entre línguas diferentes. Basta considerar que, na Língua Inglesa, a sequência ph grafa o mesmo som representado, na Língua Portuguesa, pela letra f.




Bibliografia:

SILVA, Adelaide Hercília Pescatori. Língua Portuguesa I: fonética e fonologia. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2007.

Lazarotto-volcão, Cristiane; Nunes, Vanessa Gonzaga; Seara, Izabel Christine. Fonética e Fonologia do Português. 2. Ed. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2011.

QUILIS, Antonio & FERNÁNDEZ, Joseph A. Curso de fonética y fonología españolas. Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Científicas. 1992.

Referência: wikipedia/alofonia

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Las consonantes del español: curso de fonetica y fonologia; ejemplos y definición

Las consonantes del español


Para definir una consonante se suele tener em cuenta: 1) el modo de articulación; 2) el lugar de articulación; 3) la acción de las cuerdas vocales; 4) la acción del velo del paladar.

En la emisión de las consonantes actúan los músculos elevadores. Para la producción del sonido articulado consonántico sonoro, las cuerdas vocales presentan una tensión más pequeña, vibrando un número menor de veces por unidad de tiempo; de ahí que tengan un tono fundamental bajo.


Las consonantes se dividen en:

1) Oclusivas → cuando hay un cierre completo de los órganos articulatórios.

2) Fricativas → cuando el sonido se forma a casa de un estrechamiento de dos órganos articulatorios, sin que éstos lleguen nunca a juntarse.

3) Africadas → cuando al cierre completo de dos órganos articulatorios sucede una pequeña abertura por donde se desliza el aire contenido en el primer momento de cierre, percibiéndose claramente la característica de fricación.

4) Nasales → cuando la cavidad bucal está cerrada y el pasaje nasal abierto.

5) Líquidas → forman un grupo especial que comprende:

a) laterales: en cuya emisión el aire sale por un lado, o por los dos, de la cavidad bucal.

b) vibrantes: en cuya característica es una o varias vibraciones del ápice de la lengua.



1. OCLUSIVAS

Características

Reciben el nombre de oclusivos aquellos sonidos que se caracterizan por una interrupción en el paso del aire, motivada por el cierre completo de dos órganos articulatorios.

División

Fonológicamente, el español conoce seis fonemas oclusivos:

1.º) bilabial sordo /p/
2.º) bilabial sonoro /b/

3.º) linguodental sordo /t/
4.º) linguodental sonoro /d/

5.º) linguovelar sordo /k/
6.º) linguovelar sonoro /g/

Fonéticamente, según el lugar de articulación y la distinción creada por la vibración de las cuerdas vocales, las consonantes oclusivas españolas se clasifican en:


1.º) bilabiais → sorda [p]
sonora [b]

2.º) linguodentales → sorda [t]
sonora [d]

3.º) linguovelares → sorda [k]
sonora [g]


1.1 Oclusiva bilabial sorda → Este sonido y fonema se representa fonéticamente por [p].

Ortográficamente responde siempre al grafema p.

Ejemplos:

[ópera]

ópera

[kópa]

copa
[tápa]

tapa
[papá]

papá
[paáko]

Paco
etc.



1.2 Oclusiva bilabial sonora → El sonido [b] es una manifestación del fonema /b/. Cuando se halla después de consonante nasal [m] (ortográficamente m o n; esta última, por asimilación al sonido bilabial, siempre se realiza fonéticamente como [m]).

Ortográficamente responde indistintamente a los grafemas b o v.

Ejemplos:

[báso]

vaso
[bóte]

bote
[ómbre]

hombre
[túmba]

tumba
[úm bélo]

un velo
[úm bwém bjéxo]

un buen viejo



1.3 Oclusiva linguodental sorda → Este sonido y fonema se transcribe fonéticamente como [t].

Ortográficamente responde siempre al grafema t.

Ejemplos:

[páto]

pato
[téla]

tela
[píto]

pito
[teutoniko]

teutónico
[kortár]

cortar
Etc.



1.4 Oclusiva linguodental sonora → El sonido [d] es una manifestación del fonema /d/. Cuando [n] o [l] preceden a cualquier consonante linguodental – [t] o [d] – se transcriben fonéticamente como [ņ, ļ].

Ortográficamente responde siempre al grafema d.

Ejemplos:

[dinéro]

dinero
[dóņde]

donde
[toļdo]

toldo
[úņ djeņte]

un diente
[eļ dwéņde]

el duende
etc.



1.5 Oclusiva linguovelar sorda → Sonido y fonema [k].

Ortográficamente responde siempre a los grafemas qu ante e, i, (que, qui), o bien c ante a, o, u (ca, co, cu).

Ejemplos:

[kása]

casa
[késo]

queso
[pakéte]

paquete
[kilo]

quilo
[lóko]

loco
etc.


1.6 Oclusiva linguovelar sonora → El sonido [g] es una manifestación del fonema /g/.

Ortográficamente responde a los grafemas gu ante e, i (gue, gui), o al grafema g ante a, o, u (ga, go, gu).

Ejemplos:

[gása]

gasa
[gíso]

guiso
[kóŋgo]

Congo
[óŋgo]

hongo
[géṝa]

guerra
etc.



2. FRICATIVAS


Características

Se da el nombre de consonante fricativa o constrictiva a aquel sonido articulado en el que durante su emisión se produce un estrechamiento del canal bucal sin que se llegue nunca al cierre completo de los órganos articulatorios que intervienen en su formación.

División

Desde el punto de vista fonológico, el español conoce los seguientes fonemas fricativos:

1) labiodental sordo /f/
2) linguointerdental sordo /θ/
3) linguoalveolar sordo /s/
4) linguopalatal sonoro /ĵ/
5) linguovelar sordo /x/


Desde el punto de vista fonético, según los órganos articulatorios o las zonas del aparato fonador que intervienen, así como la vibración de las cuerdas vocales, las consonantes fricativas se clasifican en:

1) bilabial → sonora [β̞]

2) labiodental → sorda [f]

3) linguointerdentales → sonora [ð]
sorda [θ]

4) linguoalveolares → sorda [s]
sonorizada [s̬]

5) linguopalatal → sonora [ĵ]

6) linguovelares → sorda [x]
sonora [ɣ̞]



2.1 Fricativa bilabial sonora → Esta consonante, desde el punto de vista fonológico, es una mera variante, un alófono del fonema oclusivo bilabial sonoro, /b/. Fonéticamente se transcribe por [β̞].

Ortográficamente responde a las mismas grafías que el fonema /b/.

Ejemplos:
[lóβo]

lobo
[káβo]

cabo
[álβa]

alba
[ése βárko]

ese barco
[el β̞íno]

el vino
[laβár]

lavar



2.2 Fricativa labiodental sorda → Este sonido y fonema se representa fonéticamente por medio del signo [f].

Ortográficamente, responde siempre al grafema f.

Ejemplos:

[kafé]

café
[fé]

fe
[feṝokaṝíl]

ferrocarril
[fáma]

fama
[trifúlka]

trifulca
etc



2.3 Fricativa linguointerdental sorda → Este sonido y fonema se representa por el signo [θ].

Ortográficamente responde a la grafía c delante de las vocales e, i (ce, ci) y también a la grafía z ante las vocales a, o, u (za, zo, zu).

Ejemplos:

[káθa]

casa
[koθér]

cocer
[θiθerón]

Cicerón
[aθuθár]

azuzar


Obs: Seseo → En amplias regiones de habla española, tanto en España como en Hispanoamérica, se desconoce este fonema, que por razones de fonética histórica fue substituido por el lingualveolar /s/. Esta sustitución se conoce con el nombre de seseo, y es admitido también como norma correcta de pronunciación. Con ello, la oposición θ/s queda neutralizada, confundiéndose /káθa/ casa con /kása/ casa, /θeṝár/ cerrar con /seṝár/ serrar, etc.


2.4 Fricativa linguointerdental sonora → Este sonido es un alófono del fonema dental, oclusivo, sonoro, /d/ y se representa fonéticamente por el signo [ð].

Ortográficamente responde siempre al grafema d.

Ejemplos:

[káða]

cada
[póða]

poda
[kóðo]

codo
[láðo]

lado



2.5 Fricativa linguoalveolar sorda → Este fonema y sonido se representa fonéticamente por el signo [s].

Orográficamente responde siempre a la grafía s.

Ejemplos:

[kása]

casa
[mésa]

mesa
[sála]

sala
[pesár]

pesar


2.6 Fricativa linguoalveolar sonorizada → Este sonido se representa fonéticamente por el símbolo [s̬].

Ortográficamente se representa, como el anterior, por la grafía s.

Ejemplos:

[mús̬lo]

muslo
[mís̬mo]

mismo
[dés̬ðe]

desde


2.7 Fricativa linguopalatal sonora → Este sonido y fonema se representa fonéticamente por el símbolo [ǰ].
Ortográficamente responde a la grafía y o por hi cuando se encuentra em posición inicial de palabra.

Ejemplos:

[la ǰérβa]

hierba
[kaǰáðo]

cayado
[máǰo]

mayo


2.8 Fricativa linguovelar sorda → Este sonido y fonema se representa fonéticamente por el signo [x].

Ortográficamente responde a la grafía j ante cualquier vocal (já, je, ji, jo, ju) o al grafema g antes las vocales e, i (ge, gi).

Ejemplos:



[káxa]

caja
[xitáno]

gitano
[léxos]

lejos
[kóxo]

cojo
[koxér]

coger
etc.



2.9 Fricativa linguovelar sonora → Este sonido es un alófono del fonema oclusivo linguovelar sonoro /g/. Fonéticamente se representa por el símbolo [ɣ̞].

Ortográficamente siempre responde a las mismas grafías que el fonema /g/, este es, a g antes a, o, u (ga, go, gu) o a gu ante las vocales e, i (gue, gui).

Ejemplos:

[áɣo]

hago
[paɣár]

pagar
[seɣír]

seguir
[ṝeɣéro]

reguero



3. AFRICADAS

Características

Reciben el nombre de consonantes africadas aquellos sonidos en cuya articulación intervienen un momento oclusivo seguido de outro momento fricativo. Durante su emisión el velo del paladar permanece adherido a la pared faríngea, por lo que el aire sale solamente a través de la cavidad bucal.


División

Desde el punto de vista fonológico, el castellano conoce sólo un fonema africado:

1) linguopalatal sordo /c/

Desde el punto de vista fonético, conocemos em castellano dos consonantes africadas:

2) linguopalatales → sordo [c]
sonora [ɟ]



3.1 Africada linguopalatal sorda → Este sonido y fonema se representa fonéticamente bien por el símbolo [c], bien por el [tʃ].

Ortográficamente se representa por la grafía ch.

Ejemplos:

[mucáco]

muchacho
[cíko]

chico
[péco]

pecho
[cicaṝónes]

chicharrones



3.2. Africada linguopalatal sonora → Este sonido es un alófono del fonema fricativa linguopalatal central sonoro, /ĵ/; se produce africado cuando se encuentra precedido por una consonante lateral [l] l o nasal [n] n, las que por influencia de la consonante palatal amplía su zona articulatoria de contato, resultando algo palatizadas. /ĵ/ también se pronuncia algunas veces como africado, cuando se encuentra em posición inicial absoluta, y se habla com algo de énfasis: [ɟó] yo.

Para su transcripción podemos utilizar bien el símbolo [ɟ], bien el [dʒ].

Ortográficamente, al igual que el fonema /ĵ/, responde siempre a las grafías y, o hi en posición inicial.

Ejemplos:

[kóɟuxe]

cónyuge
[el ɟuɣ̞o]

el yugo
[el ɟélo]

el hielo



4. NASALES

Características

Se da el nombre de consonantes nasales a aquel grupo de sonidos em los que se produce un cierre de los órganos articulatorios bucales y un pasaje rinofaríngeo abierto. Todas las consonantes nasales en español son sonoras.


División

Desde el punto de vista fonológico el español sólo posee tres fonemas nasales:

1.º) bilabial /m/
2.º) linguoalveolar /n/
3.º) linguopalatal /ɲ/

Desde el punto de vista fonético, según el lugar de articulación y los órganos que intervienen em su conformación, este grupo de sonidos se divide en:


1.º) bilabial → sonora [m]
linguoalveolar → sonora [n]
labiodental → sonora [ɱ]

2.º) linguointerdental → [ṇ]
linguodental → sonora [ņ]
linguovelar → sonora [ŋ]
linguopalatizado → sonora [ᶇ]

3.º) linguopalatal → sonora [ɲ]



4.1 Nasal bilabial sonora → El fonema tiene sólo una realización, [m], que se produce únicamente em posición silábica prenuclear.

Desde el punto de vista ortográfico responde siempre a la grafía m.

Ejemplos:

[mãmá]

mamá
[káma]

cama
[lóma]

loma
[márθo]

marzo
[asomár]

asomar
etc.



4.2 Nasal linguoalveolar sonora → Para la articulación de este sonido, que podemos considerar como la realización normal del fonema /n/. Fonéticamente, se representa por el signo [n].

Ortográficamente, por medio del grafrema n.

Ejemplos:

a) Cuando se encuentra situado em posición silábica prenuclear:

[kána]
cana
(ca-na)
[kóno]
cono
(co-no)


b) Cuando encontrándose em posición silábica postnuclear, va seguido de consonante alveolar o de vocal:

[insoθjáβle] 

insociable
(in-sociable)
[únláðo]

un lado
(un-lado)
[onṝáðo]

honrado
(hon-rado)
[únexe]

un eje
(un-eje)



4.3 Nasal bilabial sonora → Se produce este alófono sólo em posición silábica postnuclear cuando a la nasal linguoalveolar le sigue una consonante bilabial: /b/, /p/, o /m/.

Se representa fonéticamente por el símbolo [m], que responde asimismo a la grafía n.

Ejemplos:

[úm báso]

un vaso
[em pjé]

en pie
[em bélxika]

en Bélgica
[úmmáθo]=
[úmáθo]
un mazo



4.4 Nasal labiodental sonora → Cuando el fonema nasal /n/ está situado ante una consonante labiodental fricativa sorda, /f/, asimila su lugar de articulación a la labiodental, originándose entonces un alófono nasal labiodental, que se transcribe por el símbolo [ɱ].

Ortográficamente se representa por la grafía n.

Ejemplos:

[iɱfáme]

infame
[úɱ faról]

un farol
[koɱfúso]

confuso



4.5 Nasal linguointerdental sonora → Este alófono se produce cuando al fonema nasal /n/ le sigue una consonante fricativa linguointerdental sorda /θ/.

Fonéticamente se representa por el símbolo [ṇ], respondiendo, como su fonema, a la grafía n. Como es lógico, no se produce em las zonas de seseo.

Ejemplos:

[óṇθe]

once
[láṇθa]

lanza
[úṇ θapáto]

un zapato



4.6 Nasal linguodental sonora → Este alófono se produce cuando el fonema nasal /n/ precede a una consonante linguodental, tanto sorda, /t/, como sonora, /d/. Se representa fonéticamente por el símbolo [ņ].

Ortográficamente responde también a la grafía n.

Ejemplos:

[dóņde]

dónde
[kwáņdo]

cuándo
[dwéņde]

duende
[léņto]

lento
ņdjéņte]

un diente
etc.



4.7 Nasal palatizada sonora → Cuando la nasal linguoalveolar es seguida por una consonante palatal [c] o [ɟ], aquélla queda ligeramente palatalizada, resultando el alófono [ᶇ].

Ortográficamente responde a la grafía n.

Ejemplos:

ᶇ cíko]

un chíco
[kóᶇɟuxe]

cónyuge


4.8 Nasal linguovelar sonora → Se produce este alófono siempre que el fonema nasal precede a una consonante linguovelar, tanto sorda, /k/, como sonora /g/.

Se representa fonéticamente por el signo [ŋ], que como los anteriores, responde a la grafía n.

Ejemplos:


[mãŋko]

manco
[óŋgo]

hongo
[eŋgranáxe]

engranaje
[uŋ gáto]

un gato
[úŋ kwéņto]

un cuento
etc.



4.9 Nasal linguopalatal sonora → Este sonido y fonema se representa fonéticamente por el símbolo [ɲ].

Ortográficamente se representa por la grafía ñ.

Ejemplos:

[káɲa]

caña
[léɲa]

leña
[péɲa]

peña



5. LIQUIDAS

Características

Las consonantes laterales son aquellas en las que durante su emisión el aire fonador sale a través de un estrechamiento producido por un lado o los dos de la lengua y el reborde o los rebordes homólogos de la región pre o mediopalatal. Las cuerdas vocales vibran siempre durante la emisión de estos sonidos.


División

Desde el punto de vista fonólogico, el español conoce sólo dos fonemas laterales:

1º) linguopalatal /ʎ/
2º) linguoalveolar /l/

Desde el punto de vista fonético, se dividen en:

1º) linguopalatal [ʎ]

2º) linguoalveolar [l]
linguodental [ļ]
linguointerdental [ḷ]



5.1 Lateral linguopalatal sonora → Este sonido se representa fonéticamente por el signo [ʎ].

Ortográficamente responde a la grafía ll.

Ejemplos:

[ʎáβe]

llave
[káʎe]

calle
[θepíʎo]

cepillo



5.2 Lateral linguoalveolar sonora → El sonido o el alófono [l] es una realización del fonema /l/.

Ortográficamente viene dado por la grafía l.

Se realiza como tal: 1.º, cuando se encuentra em posición silábica prenuclear:

Ejemplos:

[ála]
ala
(a-la)
[pála]
pala
(pa-la)


2.º, cuando encontrándose em posición silábica postnuclear, va seguido de vocal, de pausa o de cualquier consonante que no sea [t, d, θ]:

Ejemplos:

[mál]

mal
[el áire]

el aire
[alféreθ]

alférez
[púlpo]

pulpo



5.3 Lateral linguointerdental sonora → Se produce este alófono cuando encontrándose el fonema lateral /l/ em posición silábica postnuclear precede al fonema fricativo linguointerdental sordo, /θ/.

Este alófono se representa por el símbolo fonético [ḷ], y ortográficamente por la grafía l, igual su fonema.

Ejemplos:


[kaḷθaðo]

calzado
[dúḷθe]

dulce
[ṝeaḷθáðo]

realzado

Como es lógico, no se produce em las zonas de seseo.


5.4 Lateral linguodental sonora → Cuando encontrándose el fonema lateral /l/ em posición silábica postnuclear, precede a una consonante linguodental silábica postnuclear, precede a una consonante linguodental, tanto sorda, /t/, como sonora /d/. Entonces cambia, por assimilación, su lugar articulatorio desde la zona alveolar a la dental, dando como resultado el alófono lateral linguodental que representamos fonéticamente por [ļ].

Ortográficamente responde también a la grafía l.

Ejemplos:

[tóļdo]

toldo
[eļ tóro]

el toro
[káļdo]

caldo


6. VIBRANTES

Características

Se da el nombre de consonantes vibrantes a aquel grupo de sonidos cuya característica principal es la de poseer una o varias interrupciones momentáneas durante la salida del aire fonador, producidas por contato entre el ápice lingual y los alvéolos. Las cuerdas vocales vibran siempre durante la emisión de estos sonidos.

División

Desde el punto de vista fonológico, el español conoce dos fonemas vibrantes:

1.º) simple /r/
2.º) múltiple /ṝ/

Desde el punto de vista fonético, el español posee dos sonidos vibrantes:

1.º) simple [r]
2.º) múltiple [ṝ]


Vibrante simple → Este sonido y fonema responde al símbolo fonético [r] y a la grafía r. Se produce de este modo sólo em posición interior de palabra.

Ejemplos:

[péro]

pero
[kóro]

coro
[kamaréro]

camarero



Vibrante múltiple → Fonéticamente se transcribe por el símbolo [ṝ]. Se produce como tal cuando se encuentra em principio de palabra, en posición medial, o precedida de las consonantes [n,l].

Ortográficamente responde bien a la grafía r cuando se encuentra em posición inicial de palabra, o en medial precedida de n o l, o bien a la grafía rr, cuando se halla em posición medial.

Ejemplos:

[toṝeón]

torreón
[toṝéro]

torrero
[péṝo]

perro
[ṝóka]

roca
[enṝíke]

Enrique
[alṝeðeðór]

alrededor



7. ALOFONOS

Las consonantes oclusivas sonoras [b, d, g], tratadas anteriormente, se realizan de este modo en unas posiciones determinadas: detrás de pausa y de consonante nasal [b] y [g], y detrás de pausa, de nasal y lateral, [d]. En cualquier outra posición fonética ya no aparecen como oclusivas, sino como fricativas.

Así, por ejemplo, el fonema /b/ de /báso/ vaso, se realiza como oclusivo en el contexto [úm báso] un vaso, pero como fricativo em [ése βáso] ese vaso.


Podríamos decir:


Fonemas          Alófonos

                [b] – [úm bóte] → un bote
/b/ →
                [β] – [ése βóte] → ese bote


                [d] [úņ déðo] → un dedo
/d/ →
                [ð] [ése ðéðo] ese dedo



                [g] [úŋ gáto] un gato
/g/ →

                [ɣ] [ése ɣáto] ese gato



Alófonos regionales

La siguiente tabla recoge fonemas y alófonos regionales del español así como sus variantes posicionales:



                         (clique para ampliar)




Bibliografia: QUILIS, Antonio & FERNÁNDEZ, Joseph A. Curso de fonética y fonología españolas. Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Científicas. 1992.